Em entrevista para a execução dessa postagem, a senhora MPS, moradora de Vila Pontões, Afonso Cláudio-ES, disse: "Eu tenho 54 anos hoje. Passei minha vida inteira querendo estudar porque não pude quando era mais nova, porque meu pai não deixou. Eu precisava trabalhar na roça e ajudar minha mãe nos serviços de casa. Agora, já velha, deu para eu voltar a estudar porque abriu essas aulas para velhos (EJA). Essas aulas tem me ajudado muito porque "tô" aprendendo a ler e a escrever. Já consigo assinar meu nome e não dependendo tanto dos outros.
Parece os versos do poema “Balada para rezar a Nossa Senhora”:
...Sou mulher pobrezinha e quase no final.
Eu nada sei, jamais por mim letra foi lida.
Vejo na igreja que freqüento, paroquial,
Pintado o céu, onde o alaúde, a harpa é ouvida,
E o inferno, onde os danados fervem sem medida:
Um me apavora, o outro a alegria em mim derrama... .
( Villón apud in Martins, 2001, p.133.)
Se verificarmos a história da mulher brasileira na escola, veremos como ela sempre esteve à margem do sistema escolar:
1. Exclusão feminina do processo de escolarização – 1549-175
2. A inclusão restrita das mulheres na escola - 1758-187
3. Professora sim... mas acompanhada do pai – 1870-1910
Texto completo em:
http://www.sbhe.org.br/novo/congressos/cbhe2/pdfs/Tema5/0539.pdf (visitado em 11/12/2011)
Postado por Zilma Nascimento
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