O cotidiano do brasileiro moderno reflete bem o despreparo social para se adaptar as mudanças impostas pela velocidade das informações que chegam até nós. Fato que a globalização e a infromação em rede facilita o acesso as novidades no aglomerados urbanos, e deixa em desvantagem a população que está menos favorecida tecnologicamente, ou seja, nos interiores das cidades.Também não é regra que o acesso a informação é fator preponderante para mudanças de costumes. Todo dia, vemos notícias de violência racial dentro do nosso país, a exemplo de outros países também.
É comum vermos diariamente pelos meios de comunicação mais usados, casos de violência com outras raças, gêneros e entre os representantes das diferentes regiões do país.
Nem precisamos sair da nossa cidade para relatar um caso de violência, como é o caso do nosso grupo de trabalho, que se recorda bem do fato a seguir.
Uma família formada por pai, de aproximadamente 20 anos; mãe, de aproxidamente 15 anos e criança recém nascida, de aproximadamente 60 dias. O pai que acordou um dia incomodado pelo choro da criança na madrugada, resolveu espancá- la ate a morte. Depois de executar a criança com vários socos, ignorando os apelos da mãe, o pai enterrou o corpo no quintal da casa. Após isso obrigou a mãe a não relatar o fato a ninguém, sob a ameça de morte. A mãe desesperada e desorientada pela violência do fato ocorrido, preferiu se calar diante das ameças do pai.
A história retrata bem como a violência pode estar na casa ao nosso lado. E que apesar de tantas transformações e inovações, o mundo moderno é refém da ignorância. Principalmente a mulher, que ainda é quem mais sofre atos de violência conjugal, familiar e social.
É chocante como pessoas mesmo que bem informadas, desenvolvem uma notável insensibilidade para determinadas questões. Infelizmente a sociedade ainda tem a capacidade de ignorar casos como esses. Isso reforça que a violência gera mais violência, uma vez que essa anônima família ganhou o desprezo social depois que a violência dentro de casa se tornou de conhecimento público.
Por Eremilda Vargas e Suellen Pagotto, componentes do grupo de trabalho.
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