"Temos o direito de sermos iguais sempre que as diferenças nos inferiorizem; Temos o direito de sermos diferentes sempre que a igualdade nos descaracterize". (Boaventura de Souza Santos em As Tensões da Modernidade)
quarta-feira, 27 de julho de 2011
A Mulher Negra
Até a Constituição de 1988 a mulher era legalmente segunda categoria em relação ao homem. E a mulher negra ficava mais abaixo do que as brancas. Era pobre, negra e não sabia ler nem escrever.
No Brasil, sua história é marcada pela exploração sexual, violência e não-permissão de exercer sua plena liberdade. Os anos passaram, mas a sua submissão existe e relega seu papel a empregos desvalorizados, altos índices de prostituição e condições precárias de saúde e educação.
No entanto, a luta para transformar tal realidade toma força a partir da década de 70 com a participação das mulheres negras no movimento feminista e aparição na vida política, que antes ficava nas mãos de mulheres brancas, escolarizadas e de classe média alta.
A partir de 80, cada vez mais organizadas, as mulheres conquistaram direitos significantes para sua categoria. Passaram a freqüentar discussões na Assembléia Nacional Constituinte e realizaram uma articulação que ficou conhecida como Lobby do Batom, liderada pelo Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM) e conseguiram eliminar a supremacia dos homens nas questões familiares; o direito da mulher casada declarar separadamente seu imposto de renda; os mesmos direitos para os filhos nascidos fora do casamento e matrimônio; os mesmos direitos para os casados e para os parceiros em uniões consensuais; licença-maternidade remunerada de 120 dias e licença-paternidade remunerada de 5 dias; a classificação da violência sexual como crime contra os direitos humanos e não como crime moral; direitos trabalhistas e previdenciários estendidos aos trabalhadores domésticos.
http://www.overmundo.com.br/overblog/a-mulher-negra-e-pobre-no-brasil,(visitado em 27 de julho de 2011.
Por Suellen Pagotto dos Santos
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